Na última sexta-feira (19), o escritório Ivo Barboza & Advogados Associados promoveu uma palestra online com a nutricionista Raissa Magna, que trouxe reflexões importantes sobre o conceito de “alimentação inteligente”. A especialista abriu o encontro com uma afirmação direta: “A alimentação é uma ferramenta de boa saúde”. A partir daí, conduziu os participantes por dados e orientações que reforçam o papel da nutrição na prevenção de doenças, na produtividade e na longevidade.
Segundo Raissa, comer bem não significa seguir dietas restritivas, mas sim adotar uma estratégia alimentar sustentável e prazerosa. A nutricionista destacou que, no Brasil, 74% das doenças crônicas letais estão ligadas a condições não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, obesidade e câncer — dados da Organização Mundial da Saúde. E alertou: mais de 80% das pessoas que fazem dietas muito restritivas acabam recuperando o peso. “Não existe adesão se a pessoa perde o prazer durante o processo. Isso gera estresse metabólico e pode até levar à compulsão alimentar”, explicou.
A profissional defendeu que a palavra-chave é estratégia. “Nutrição não deve ser associada à proibição, mas sim à orientação baseada em ciência. Dietas da moda, regimes copiados de amigos ou influenciadores não funcionam. Cada pessoa tem necessidades únicas, e a clínica é soberana na definição de um plano alimentar”, complementou.
Durante a palestra, Raissa reconheceu os desafios da rotina intensa de um escritório como o Ivo Barboza, onde é difícil resistir aos lanchinhos com bolo, bolachas e outras guloseimas. Para ajudar, ela sugeriu opções práticas e saudáveis para o dia a dia: iogurte natural com frutas e fibras como chia ou farelo de aveia, ovos cozidos, whey protein, sanduíches naturais com frango ou atum, frutas com proteína e mix de castanhas — todos aliados na modulação da glicemia e na saciedade.
A nutricionista reforçou a importância da hidratação e do consumo de café, indicando como o ideal de 2,5 litros de água por dia e até três xícaras de café, preferencialmente com adoçante natural como stévia. “O colega pode lembrar o outro de encher a garrafinha”, brincou, destacando o papel do coletivo na mudança de hábitos.
A palestra teve espaço para perguntas dos colaboradores. O advogado Victor Moury perguntou sobre jejum intermitente, e Raissa explicou que pode ser uma ferramenta válida, mas deve ser usada de forma individualizada. O sócio Paulo César França quis saber sobre o cuscuz, e a nutricionista elogiou o alimento como fonte de carboidrato, alertando apenas para os acompanhamentos — nada de queijos gordurosos, muita manteiga ou carnes processadas, como a salsicha. Já a advogada Rebeca Maciel confessou que não resiste a um docinho na correria do cotidiano. A resposta foi direta: “Só tem uma saída — mudar de hábito e já sair de casa com um bom café da manhã e marmita recheada de lanchinhos saudáveis”.
Raissa encerrou com uma frase que resume bem o espírito da palestra: “Que o remédio seja o nosso alimento, e que o alimento seja o nosso remédio”. Comer bem, segundo ela, não é sobre números na balança, mas sobre autocuidado, prevenção e qualidade de vida. Alimentação inteligente é, acima de tudo, um investimento em si mesmo.